domingo, 17 de outubro de 2010

CONQUISTA DA TORRE DA PRATA

CONQUISTA DA TORRE DA PRATA


            Referência bibliográfica:
            Gazeta do Povo

            Desde o tempo que o Paraná era Província, a Serra da Prata era objeto de atração por sua destacada posição, servindo como marco de referência aos navegantes e como limite natural das fronteiras municipais, conforme já historiava Antonio Vieira dos Santos, na sua obra "Memória Histórica, Cronológica, Topográfica e Descritiva da Cidade de Paranaguá e do seu Município", edição de 1850.
            A Serra da Prata é a primeira que se avista do mar, por ser a mais saliente da cordilheira.
            O nome "Prata", ao que tudo indica, originou-se da presumível existência desse metal em suas encostas, conforme citam os "Originais do Arquivo dos Atos e Deliberações da Câmara da Cidade de Paranaguá", em apontamentos de Antonio Vieira dos Santos, citando a nomeação por Dom Rodrigo de Castelo Branco, de Francisco Jacomo Baiarte à cabeça das diligências dos descobrimentos de minas, em 4 de maio de 1679.
            Atualmente descartamos a existência de prata nessa serra, aceitando-se a idéia de que seu nome estaria ligado ao reflexo prateado provocado pela incidência dos raios solares sobre as paredes úmidas do granito nas suas alturas, catalisando os interessados em sua lavra, do século XVI.
            A espetacular posição desse contraforte atlântico beirando o mar e na vanguarda de todo o maciço granítico, aliada à histórica situação, sempre mereceu a atenção de todos e, em especial, dos faiscadores de metais preciosos.
            No campo esportivo, a luta pela conquista da Torre da Prata teve início em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, originada pela obsessão de Fernando Andrejewski, que pretendia atingi-la pela face Oeste, ao lado da estrada da Limeira.
            Simultaneamente, a dupla Waldemar Buecken (Gavião) e Antonio Setengel Cavalcante (Canguru) optou pela mesma conquista, mas utilizando-se da face Leste, partindo da estação ferroviária de Alexandra. A disputa tornou-se acirrada diante da qualificação e competência dos envolvidos.
            Levou a melhor a dupla Gavião-Canguru, que no dia 8 de abril de 1944 fincou os pés no topo virgem da Prata.

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