sábado, 27 de novembro de 2010

Foi um Rio que passou em minha vida


Homenagem ao Dia do Rio, 24 de novembro de 2010


Lembrei daquela música do Paulinho da Viola  “...Foi um rio que passou em minha vida... E meu coração se deixou levar...” e de tantos rios que passei pelas caminhadas na nossa Serra do Mar Paranaense.

Morando em Quatro Barras, na Borda do Campo, aos pés do Anhangava, acabamos conhecendo vários berços d’água, nascentes, córregos e rios entre vales, a nossa Floresta Atlântica. Antes andávamos pulando os meio-fios em Curitiba... Agora estamos pulando de pedra e pedra em Quatro Barras, lugar que escolhemos para viver.

As montanhas, cartão postal da nossa cidade, são como esponjas de água, ou seja, armazenam água. Nas caminhadas pelo Anhangava, ou até sobrevoando uma carta aéra do local, estamos sempre encontrando nascentes e córregos, que são afluentes de rios principais, que ora vão para a bacia do Iraí, ora vão para a bacia do Capivari, grandes reservatórios de água que abastecem Curitiba e região.

O nome de Quatro Barras tem origem nos rios, sendo referência de quatro cursos d’água, que formam barras, e que são afluentes do Rio Curralinho, a saber: Rio Canguiri, Rio Timbu, Rio Bracajuvava (atualmente Rio Cercado) e mais o Rio Capitanduva.

Nossa região faz parte da APA do Iraí, área de preservação ambiental, que foi criada em 1996 para "a proteção e a conservação da qualidade ambiental e dos sistemas naturais ali existentes, em especial a qualidade e quantidade de água para fins de abastecimento público”,  conforme consta no artigo 2º do Decreto Estadual nº 1.753/96. Além de Quatro Barras os municípios de Colombo, Pinhais, Piraquara, e Campina Grande do Sul também são participantes desta APA. Os principais rios que abastecem o Lago do Iraí têm nascentes em Quatro Barras.

A dinâmica dos rios é muita parecida com o nosso sistema sanguíneo que tem vasos mais finos e outros mais espessos, que se ligam como afluentes. Dessa forma, nós moradores locais, temos que estar atentos ao que estamos jogando, ou melhor, lançando em nossos rios, em nosso “sistema de águas”.

Em muitos locais da Borda do Campo, berço de várias nascentes, o esgoto é lançado a céu aberto nas ruas ou em redes pluviais que são levadas para córregos e rios, escoando pelos vales. Existem também muitos depósitos de entulhos e lixos que contaminam o solo. Outro problema público é o grande número de cães que vivem soltos e que contribuiem para a contaminação do solo através de suas fezes.

Nem toda a nossa região é servida por saneamento básico e em alguns locais os projetos tornam-se muitas vezes inviáveis devido ao relevo e distância entre as moradias.

Existem alternativas de baixo custo, no caso de não termos rede de saneamento básico, para que façamos o tratamento do esgoto, que é dividido em águas cinzas e águas negras. As águas cinzas são aquelas da cozinha, da lavanderia,  pia do banheiro e chuveiro. As águas negras são as da descarga do vaso sanitário.

Para tratar as águas cinzas é possível fazer um sistema simples de fossa bananeira ou círculo de bananeiras, que consiste em buraco com lenha grossa, média e fina, coberto de terra e restos de grama (palhada) e com bananeiras e outras plantas que gostam de umidade plantadas em torno do círculo. O passo a passo da construção pode ser consultado no link http://www.setelombas.com.br/2006/10/circulo-de-bananeiras/, página de um sítio chamado Sete Lombas, no interior de Santa Catarina, onde a família busca construir sua casa com  menor impacto ao meio ambiente. Nós construímos uma fossa bananeira em nossa casa em 2 dias de trabalho, em 2 pessoas, utilizando um pequeno espaço e plantando bananeiras em  círculo para absorver  toda a água cinza produzida na casa. Já temos o primeiro cacho de banana após 1 ano. A recomendação aqui é não lançar neste sistema á agua negra dos sanitários e  evitar utilizar substâncias tóxicas como o cloro nas águas das pias e lavanderia.
















Círculo de bananeiras – Fonte: Sítio Sete Lombas.

Para as águas negras, que vem somente do vaso sanitário é possível construir uma bacia de evapotranspiração que pode ser consultada neste link, também do Sítio Sete Lombas:  http://www.setelombas.com.br/2010/10/bacia-de-evapotranspiracao-bet/. Este processo requer maiores cuidados com a impermeabilização, pois a idéia deste tipo de fossa é que as águas negras, que vêm dos sanitários, não tenham contato com o solo e sejam absorvidas pela cobertura vegetal ou evaporem. É recomendável que na construção do banheiro a água do chuveiro e da pia não estejam ligadas no mesmo cano do vaso sanitário.















Bacia de evapotranspiração – Fonte: Sítio Sete Lombas.


Quanto aos resíduos sólidos, temos em nossa cidade coleta urbana de recicláveis e orgânicos. Poucos municípios tem este serviço e devemos valorizar o nosso separando os recicláveis do orgânico. O orgânico que sai da nossa cozinha, os restos de grama e podas podem ser aproveitados como adubo em uma composteira.

Restos de caliça, móveis e construção podem ser reaproveitados.  A prefeitura também pode ser consultada sobre o destino mais correto.

Vamos valorizar os rios de Quatro Barras que fazem parte da nossa vida.


                                           Tio Taquaral. Arrquivo Marumby



Texto:  Simone Gonçalves Rodrigues, montanhista e moradora da Borda do Campo, Quatro Barras/PR.
simone@marumby.tur.br

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PAARE - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E AUTO-RESGATE EM ESCALADA


 
PAARE é um curso que visa à prevenção de acidentes, reciclar e atualizar os procedimentos de segurança em escalada, do encordoamento à segurança do guia e do segundo, passando pelos procedimentos de ancoragem à descida.
Na parte de auto-resgate, primeiro vem à aplicação dos meios de fortuna, no qual o participante vai poder praticar procedimentos de subir e descer pela corda, primeiro sem nenhum mosquetão, apenas com cordas e nós, depois com 1, 2 e assim por diante. Criando autonomia para se movimentar com segurança e a base para fazer tudo com cordas, mosquetões e nós, que é o que o escalador sempre tem. Ao fazer uso de um equipamento apropriado como um blocante mecânico, é lucro. Depois vêm os procedimentos de sistemas de polias, conhecidos também como multiplicadores de força, e o resgate de um companheiro em parede.


Sempre preocupados com que os escaladores possam se atualizar, rever procedimentos e escalar com segurança.


O Curso surgiu da necessidade de atualizar e aprofundar os conhecimentos de quem já havia feito curso básico de escalada ou que iniciou na escalada sem curso e precisa se aperfeiçoar. Também por que em um curso básico só é passado o mínimo para se escalar com segurança, já sendo muita informação.





Já foram ministrados 26 cursos, desde sua criação sendo o 1° curso,em 1998, promovido com apoio do Clube Alpino Paulista.




As entidades que já participaram deste curso foram: CAP, FEMERJ no Rio de Janeiro, já foram três edições; FGM em Porto Alegre já foram quatro edições; FEMESP em São Paulo, três edições; uma em Petrópolis, com apoio do CEP; uma em Fortaleza com apoio da ACEME; duas em Brasília com apoio da ABESC; três em Belo Horizonte com apoio da AME e FEMEMG; duas no Espírito Santo com apoio da ACE; duas em Joinville com apoio da AJM e FEMESC; uma em Camboriú com apoio a ALEM; Esse vai ser o quarto aqui em Curitiba, com apoio do CPM e do Campo Base.

Em todas as capacitações,são oferecidas vagas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros locais, com a intenção de estreitar o relacionamento, trocar experiências e proporcionar um conhecimento que muitas vezes não esta disponível dentro da corporação.






Ronaldo Franzen, “Nativo”, é idealizador e ministrante do curso PAARE.
Iniciou suas atividades nas montanhas da Serra do Mar do Paraná em 1980. Atua como Coordenador Técnico da Marumby Consultoria e Treinamentos, especialista em Montanhismo, Escalada, Técnicas e Resgate em Ambiente Vertical e Gestão da Segurança em atividades de aventura, atuando como instrutor, convidado em seminários técnicos, cursos de extensão e especializações nestas atividades. Vive atualmente na base do Campo Escola de Montanha do Anhangava, onde proporciona além das capacitações de Iniciação ao Montanhismo e Escalada em Rochas, opera os produtos Dia de Montanha e Dia de Escalada certificados pelo Programa Aventura Segura.
Nativo, também organizou e participou de várias expedições nacionais e internacionais em caráter esportivo e educacional, tendo escalado, ministrado cursos, aberto novas vias e setores por vários estados do Brasil. Viajou ao exterior, com sua primeira expedição aos Andes, em 1986 e, depois à Patagônia tendo escalado vários cumes. Destaques para a Primeira expedição brasileira ao Cáucaso na Rússia, em 1996; Expedição brasileira em estilo Alpino ao Monte McKinley, no Alaska, em 1996. Participou como personagem do documentário Extremo Sul, Monte Sarmiento, Terra do Fogo, em 2003; Escalada do Pilar Norte do Fitz Roy, pela face oeste em Fevereiro de 2008, também, escaladas na Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha e Chile.

Texto: Vicente Cesar Farias

AS AVENTURAS DE GULLIVER NAS TERRAS DE TITÃNS


        Diz a lenda que “ lá estão as sete colinas mais próximas do mar “ na mais setentrional viagem de Ulysses feita por terra... haveria lá então uma terra desconhecida e intocada, repleta de vida e exuberância como nos tempos da criação do planeta ???
        - Não seriam estas terras ??? Disse um poderoso soldado ao seu clã após extenuante cruzada a qual sonhou por décadas...
        E tão logo perguntara aos seus súditos, os mesmos foram premiados com a visão pontiaguda  de abruptas elevações no horizonte naquele dia ensolarado numa longa era da estiagem; uma voz rouca e tremula ecoou vinda dos céus retrucando palavras e rosnando em forma de trovão :
        - “ Mal aventurados são estes pequenos seres intrusos que ousam em subir em sua cabeça “...
        Enquanto permanecera adormecido por milhares e milhares de noites gélidas após incontáveis eras passadas, o qual nascera em estremecidas e incalculáveis erupções vulcânicas dos tempos do nascimento de todos os mais famosos Titãns, muito antes do surgimento da vida “ inteligente “ por estas paisagens, o gigante permaneceu lá misterioso e indecifrável...
         Seria Zeus, senhor de todos os deuses lá adormecido sob sono profundo ??? Ou Hercules, seu filho com Afrodite, deusa das ninfas e que futuramente tornara herói de todos os heróis do vasto império dominante daqueles tempos, vencedor de todas as batalhas em que defendeu os mais altos e mitológicos cumes e montes, inatingíveis pelos mais fracos???
         Quem estaria lá adormecido por quase uma eternidade ???
         Então o tal gigante desconhecido e escondido por milênios em um canto do planeta terra, num continente ainda inexplorado por todos os heróis destes tempos que na sua maioria, aventurados de um olho só não o enxergavam, resolveu acordar...
          Queria então Poseidon, deus de todos os grandes mares, ao seu lado continuar sossegado na era dos ventos gélidos e secos das mil noites, e também da luz e do calor do sol no período das horas eternas, trazidos pelo deus da vida, Apolo; e não perturbar o seu sono profundo, cheio das mais extensas calmarias das águas do mar, ditadas por Crônus, deus do tempo... mas eis que foi descoberto e assim foi profetizado o fato... e assim sem medo algum foi molestado metro a metro pela presença dos então atrevidos e minúsculos seres invasores de suas terras, acordando o gigante de seu sono profundo após o longo período sem noites e sem trevas, para que então o afamado abrisse os seus grandes olhos, respondendo em tom alto aos petulantes :
          - Quem tem a ousadia de me acordar ???
          E sem perceber a presença de onde estavam dos incrédulos invasores o mesmo soprou, soprou e soprou uma sutil brisa em forma de Stratus monte a cima para engolir totalmente os enfadonhos mortais com suas lâminas forjadas na era do metal, seres que penetravam floresta a dentro, sangrando-o lentamente...
           Tamanha foi a fúria dos ventos deste dia que levou a cabo toda a epopéia dos bravos aventureiros conquistadores, sem ter um metro de visão ao atingirem o seu chifre, na brancura infinita da densa bruma palpável impregnada nos céus; conquistaram o seu cume máximo nestas terras longínquas e mitológicas... e sem ter o privilégio de ver os seus tão sonhados eldorados horizonte a fora, num misto de terra e mares como uma longa e imensa colcha de retalhos a perder de vista...

          ” Bem aventurados são estes pequenos seres intrusos os quais ousam em subir em sua cabeça “ e terão que voltar lá para fotografar as mais belas e distantes paisagens que separam os continentes dos mares...
          PS : Não vos esquecei o novelo de lã...

Texto: Alexandre Pacheco dos Santos

 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

REGULAMENTO CASA MARUMBI



CLUBE PARANAENSE DE MONTANHISMO
Este regulamento visa impor regras relacionadas à utilização da casa de campo do Marumbi do
Clube Paranaense de Montanhismo.

Artigo 1. Ficam estabelecidas desde já estas regras como únicas para a utilização da casa de
campo do Marumbi do Clube Paranaense de Montanhismo.

Artigo 2. Somente poderão utilizar a casa:
1. Os associados que estejam com as mensalidades em dia, sem punições
administrativas e sem restrições com relação ao empréstimo dos equipamentos de
escalada. Para sócios novos, deve haver o acompanhamento de outro sócio com
mais de SEIS meses ou o cumprimento de carência de TRÊS meses de associação.
2. Convidados, desde que sob autorização da diretoria e mediante o pagamento de
diária adiantada ao clube, e sob a responsabilidade de algum sócio em dia,
obedecido o parágrafo anterior.

Artigo 3. O não cumprimento das normas acarretará em punição administrativa.

Artigo 4. Para melhor controle, juntamente a assinatura deste regulamente pela diretoria do
CPM, será criado um "Livro de Registro", de folhas numeradas, que será entregue
ao sócio responsável pela chave da casa. Em tal livro, deverá ser anotada a situação
da casa ao chegar, número do lacre encontrado na porta e o número do novo lacre
colocado e, ainda, os nomes dos visitantes e a situação geral como a casa foi
deixada ao sair.

Artigo 5. A casa deve ser entregue limpa e organizada, independentemente de atrasos ou
quaisquer outros motivos. Caso este item não seja respeitado, o sócio responsável
pelo problema sofrerá punição administrativa.

Artigo 6. Somente o Tesoureiro ou o Presidente do CPM poderão efetivar o empréstimo da
casa para os sócios do clube, ou no caso de ambos delegarem este poder à terceiro,
que deverá respeitar o item 1 do artigo 2º.

Artigo 7. O empréstimo e a devolução da chave serão sempre realizados às quartas feiras, na
reunião semanal do Clube, exceto quando por motivo de força maior não ocorrer
expediente no clube.

Artigo 8. O sócio responsável ficará com a chave e o direito de uso da Casa pelo período de
uma semana, exceto nas semanas em que o clube não tiver expediente. A chave
deve ser entregue até as 20 horas e 30 minutos da respectiva reunião semanal.

Artigo 9. O sócio responsável pela casa deve sempre que possível, facilitar a utilização da
casa por outros sócios do CPM, contudo a decisão final sob a utilização ou não da
casa é exclusivamente do responsável pelo empréstimo.

Artigo 10. No caso de dois ou mais sócios demonstrarem interesse simultâneo no empréstimo
da casa, prevalecerá aquele que possuir mais tempo de associação no CPM, e em
caso de dúvida, aquele que possuir mais idade.

Artigo 11. Os sócios que fizerem uso da Casa devem zelar por sua limpeza e organização,
portanto é recomendado que:

1. Não sejam deixados alimentos e/ou produtos perecíveis na casa.

2. Caso o alimento, produto ou o objeto seja considerado realmente útil à
manutenção da casa, como produtos de limpeza, sal ou açúcar, estes devem ser
acondicionados em recipientes próprio e de forma que seja o mais fácil possível
sua identificação e uso. Além disso, fica advertido que todos os bens deixados
na casa passam a pertencer ao clube e aos seus sócios, podendo ser utilizados
por qualquer um que tenha interesse.

3. Em caso extremo, objetos pessoais poderão ser armazenados na casa, em
recipiente plástico, vedado e etiquetado. Caso não esteja nesta condição e se
empregue como útil, será adicionado aos bens do Clube, conforme o item
anterior e, não sendo útil, deverá ser descartado.

4. A geladeira quando não utilizada deverá ser deixada aberta e com o termostato
desligado.

5. O sócio deverá respeitar os horários de descanso dos freqüentadores da casa e
dos vizinhos, utilizando o bom senso.

6. Não promover festas na casa, exceto com autorização prévia da diretoria do
CPM.

Artigo 12. Cabe apenas a diretoria do CPM regulamentar o custo para utilização da casa,
respeitando o valor mínimo de R$ 20,00 a diária para convidados ou sócios que não
estejam em dia com o clube. Tal regulamentação deverá constar no "Livro de
Registro" da Casa.
Parágrafo Único: Fica decidido desde já que os valores arrecadados com a casa de
campo do Marumbi deverão ser destinados à manutenção da própria casa.

Artigo 13. Todas as ocorrências e visitações deverão obrigatoriamente ser anotadas no "Livro
de Registro" da casa, que deverá ser entregue juntamente a chave, na sede Social
do CPM.

PUNIÇÕES ADMINISTRATIVAS

Artigo 14. O sócio que não respeitar este regulamento estará sujeito à Sanções
Administrativas impostas pela diretoria do Clube, que poderá consistir,
dependendo da gravidade, em:
1. Advertência;
2. Suspensão dos direitos de uso e empréstimo de bens do Clube;
3. Expulsão, que será aplicada no caso de reincidência grave ou para aquele que
tentar ludibriar este regulamento no tocante a empréstimo da chave da casa,
como a confecção de cópia da chave, reutilização do lacre ou destruir de forma
acintosa o patrimônio do clube.

Artigo 15. Este regulamento entra em vigor a partir do dia 8 de Outubro de 2008.

Curitiba, 8 de Outubro de 2008.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

RETIRADA DOS DEGRAUS DA TRILHA DO PICO PARANÁ

 










Num ato de arbitrariedade e vandalismo, foram retirados mais de 20 degraus da trilha que leva ao cume do Pico Paraná em 2008.

Os parceiros na conservação do Parque Estadual do Pico Paraná, entre eles o Clube Paranaense de Montanhismo (CPM) e os Nas Nuvens Montanhismo (NNM, juntamente com o órgão responsável pelas Unidades de Conservação Estaduais, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP); condenam tal atitude, configurada como Crime Ambiental. O CPM realizou denúncia no IAP, porém sabe das dificuldades em se encontrar o vândalo ou os vândalos.

Um dos objetivos da colocação de degraus nesta trilha, de grande visitação pública, é a contenção de erosões, visto que com eles se delimita a trilha em  trechos verticais e se protege platôs frágeis neste tipo de ambiente (evitando que as pessoas abram novas trilhas ou que alarguem a mesma). Outro objetivo é  a redução dos perigos nos locais com exposição vertical.

O Clube Paranaense de Montanhismo, que dentro do Programa Adote uma Montanha da CBME, tem o Pico Paraná e adjacências, como área a seus cuidados a pelo menos quinze (15) anos, conta com  aprovação do IAP e registros da manutenção da trilha.

O CPM está diligenciando esforços para reparar o que foi sinistrado e tomar outras providências.

Visite o site do CPM e NNM e acompanhe as datas dos mutirões de conservação da trilha. Contribua,  seja parte deste ambiente... e compense sua passagem pelas Montanhas!

VANTAGENS DE SER ASSOCIADO AO CPM


            O CPM é uma associação cujos objetivos principais são: o contato e convívio humano, a recreação por contato direto com a natureza, através do aprimoramento da prática do montanhismo junto a seus membros e a divulgação deste esporte junto à população.
            A prática do montanhismo subentende a existência da natureza preservada em seu estado primitivo e garantia, ao cidadão, do acesso a esses locais, propiciando a este uma experiência pessoal intransferível, uma vez que nenhuma criação cultural é capaz de um estímulo tão intenso e extenso aos sentidos e ao espírito humano, quanto à natureza.
            Por detrás de uma paisagem natural, mesmo que ainda incompreensível, está a revelação de milhões e milhões de anos da história da Terra. As formações geológicas, a morfologia e composição da fauna e flora estão ligadas num passado progressivamente remoto, às pequenas e grandes variações do clima; as contrações e movimentações da crosta pelo resfriamento do planeta e a própria origem da vida e sua expansão e distribuição sobre o globo.
            O contato direto com a natureza, relembra também ao homem moderno, a sensação de que somos seres sociais. Nas grandes cidades, a especialização da produção e o acesso a todos os bens e serviços por mecanismos monetários, isola as pessoas umas das outras. A natureza primitiva mais do que qualquer esporte obriga as pessoas à solidariedade e a colaboração mútua, devolvendo a sensação de que toda a ação humana é fenômeno social.
            Por isto tudo, o CPM está intrinsecamente comprometido com a questão ecológica e a questão social.

VANTAGENS


·        Participar das atividades realizadas pelo clube, como por exemplo:    caminhadas, escaladas, mutirões, palestras, excursões, etc.
·        Hospedagem na sede de montanha do clube no Parque Estadual do Marumbi.
·        Acesso a biblioteca do clube (livros, revistas, fitas de vídeo, etc).
·        Desconto nos cursos realizados pelo clube.
·        Desconto nas lojas conveniadas.
·        Preço especial na passagem de trem pela Serra Verde Express (www.serraverdeexpress.com.br)
·        Desconto especial nos serviços do Refúgio 5.13 em Quatro Barras/PR (www.cincotreze.com.br)
·        Desconto especial no ginásio de escalada Campo Base em Curitiba/PR.

OBS: Para poder usufruir das vantagens acima o associado deve estar em dia com suas mensalidades.


          PROMOÇÃO ESPECIAL:

·        Novos associados ganham um curso de iniciação ao montanhismo.
·        TAXA DE ASSOCIAÇÃO: R$ 50,00
·        MENSALIDADE: R$ 20,00

domingo, 17 de outubro de 2010

QUEM SOMOS


O Clube Paranaense de Montanhismo (CPM), constituído no dia 08 de Junho de 1.978, é uma Sociedade Civil de Utilidade Pública, de duração indeterminada conforme determina a Lei Estadual 7.895 publicada no dia 08 de Agosto de 1.984. Com sede e foro na rua Flávio Dallegrave, número 5.044, no bairro Boa Vista, da cidade Curitiba, capital do Paraná,tem por finalidade o desenvolvimento do montanhismo em suas diversas modalidades e outras práticas desportivas, culturais, cívicas e recreativas.
Fundado a partir dos ideais comuns de um grupo de montanhistas residentes em Curitiba mas com grande paixão pelas montanhas, em especial pela Serra do Mar, em benefício e organização do montanhismo. Em pouco tempo agregou mais e mais adeptos e tornou-se num dos mais tradicionais clubes de montanha do Brasil. Foi do CPM que sairam e ainda saem alguns dos melhores montanhistas do estado, reconhecidos no Brasil e muitos já no exterior também.
Membro fundador da Federação Paranaense de Montanhismo (FEPAM), que foi criada para organizar, padronizar e monitorar o montanhismo e suas várias modalidades e práticas no estado do Paraná com ética e segurança. Atuante junto aos órgãos governamentais e não-governamentais (IBAMA, IAP, BPFLO, CB, COSMO, SOS Mata Atlântica…) estabelecendo parcerias e convênios, cobranças, responsabilidades, sendo a Federação Paranaense de Montanhismo (FEPAM) juntamente com as federações do Rio de Janeiro (FEMERJ) e de São Paulo (FEMESP) as responsáveis pela criação da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME) A confederação visa unir forças para criar um único padrão de linguagem para o montanhismo brasileiro, organizando e padronizando o montanhismo interno e fortalecendo a imagem pelo mundo afora.




Age promovendo cursos, palestras, encontros e outras formas de atividades ligadas aos esportes de montanha, desenvolvendo cursos ou grupos específicos nas diversas atividades relacionadas a saúde e segurança em ambiente de montanha, age também nas diversas modalidades de turismo e meio ambiente ecologicamente corretos.

-          Departamento Técnico:
Atualmente o Dpto. Técnico é o reponsável pela supervisão e manutenção dos cursos ministrados pelo clube, pelas análises das trilhas e vias de escalada e pelo cronograma oficial  de atividades do clube.
Foi do Departamento Técnico do CPM, que nos anos 90 surgiu o COSMO, o melhor e mais conceituado grupo de busca e resgate em ambiente de montanha do Brasil. Dado ao profissionalismo empregado e a dedicação necessária o grupo acabou se desvinculando ao clube, mas mantém ainda ótimo relacionamento e alguns integrantes em comum. Criado para auxiliar as forças oficiais do Estado, o COSMO é formado por experientes montanhistas com técnicas avançadas de resgate, e mesmo assim estão sempre em reciclagem e aprimoramento de novos, práticos e eficazes conceitos de resgate, já realizou inúmeros resgates em situações extremas, sendo modelo para o Brasil.

-          Departamento de Escalada:
Organiza cursos e atividades em nosso campo escola: o Anhangava, bem como nos arenites da escarpa devoniana de São Luiz do Purunã, com toda segurança e técnica necessária para prática da escalada. 
-          Departamento de Caminhada:
Trabalha com ações para preservar, educar, monitorar e estabelecer normas de mínimo impacto para as regiões de montanha do estado. Ministra cursos, palestras e programas de reciclagens, visando o aprimoramento técnico e conceitual dos montanhistas. Organiza multirões de manutenção de trilhas de acesso, que envolvem a conscientização sobre mínimo impacto dos aventureiros que se encontram na área de manutenção, proteção em trechos que oferecem riscos, melhorias na sinalização, limpeza das fontes de água e áreas de acampamentos e coleta de lixo que é sempre o maior problema.

Atividades:
Conta com um calendário de atividades periódicas e regulares, oferecendo aos associados o conhecimento e o contato com lugares, paisagens e escaladas nas diversas montanhas do Paraná. Oferece atividades recreativas e de ação social, sendo que as escaladas de um dia e os multirões de limpeza e manutenções de trilhas são os mais frequentes.
- As escaladas de um dia oferecem aos associados do CPM, o contato com as montanhas do Paraná. Normalmente é escolhida uma certa montanha a ser visitada, agendada a data do passeio, feita uma caminhada até o cume desta montanha e o retorno é no mesmo dia. Com o agendamento do passeio e dependendo da dificuldade da caminhada e do estado de conservação da trilha, definimos o número ideal  de montanhistas que a trilha comporta. Com isso conseguimos  ter uma precisão de como será o passeio, a quantidade de guias necessários e o controle sobre o mínimo impacto na montanha.
- Os multirões de limpeza e manutenções de trilhas e acessos à montanhas são agendados conforme uma prévia análise da área. Normalmente são
analizados fatores como situação de limpeza (quantidade de lixo depositado no local), estado de erosão e desgaste natural da trilha e áreas de acampamentos,

pontos críticos e mal sinalizados, impasses e questões políticas com moradores locais… Depois levantamos o material e as técnicas a serem utilizados, o contingente necessário, o gronograma de ação…

Cursos:

Periodicamente oferecemos cursos de capacitação técnica sobre o montanhismo. Cursos dinâmicos onde o aluno aprende sobre o tema abordado de forma teórica e exercita o conhecimento obtido de forma prática, sendo o tempo inteiro monitorado pelos montanhistas mais experientes do CPM.

-          Iniciação ao Montanhismo:
Indicado para pessoas leigas ao assunto, novos montanhistas, ou como reciclagem para os mais experientes. Durante o curso o aluno aprende sobre os diversos fatores (história, conhecimentos gerais e específicos) que o ajudarão a se tornar um montanhista, capacitado a adentrar em qualquer montanha do Brasil.  Também serve como pré requisito para o curso Básico de Escalada em Rocha. As aulas teóricas são ministradas na segunda, terça, quinta e sexta, das 19:30 às 22:30 e aula prática sendo um acampamento com pernoite na montanha, onde o aluno poderá concretizar o conhecimento teórico adquirido durante a semana.
Carga Horária: 48h (12h  teóricas e 36h práticas).
Tópicos ministrados:
-          Caracerísticas Gerais da Serra do Mar Paranaense;
-          Histórico;
-          Modalidades;
-          Primeiros Passos;
-          Roupas e Equipamentos;
-          Acampamentos;
-          Meteorologia;
-          Orientação, Navegação e Novas Rotas:
-          Socorros Urgentes.

-          Básico de Escalada em Rocha.
Neste curso o aluno aprende as diversas técnicas exigidas para se escalar em qualquer lugar do país. Um curso muito dinâmico e complexo, indicado para quem realmente está interessado no esporte e na conscientização da segurança em esporte de aventura. As aulas teóricas são ministradas na segunda, terça, quinta e sexta, das 19:30 às 22:30 e aula prática sendo um dia de escalada na montanha, onde o aluno poderá irá testar as diversas técnicas aprendidas durante a semana.
Carga Horária: 24h (12h  teóricas e 12h práticas).
Tópicos ministrados:
-          Histórico;
-          Modalidades;
-          Técnicas de Caminhada;
-          Meio Ambiente;
-          Alimentação;
-          Código de Ética;
-          Equipamentos;
-          Nós;
-          Técnicas de Escalada;
-          Estilos de Escalada;
-          Técnicas de Segurança;
-          Técnicas de Rapel;
-          Socorro em Montanha;
-          Treinamento e Flexibilidade;
-          Literatura Indicada.